quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Espelho da alma





Vendo-te agora, pálido
Sem vida,
Lembro-me do teu rosto rosado,
Brilhante.
Tuas faces, agora rijas
Outrora sorria.
Alimentei com meu sangue
Teu corpo
Que agora morto
Deixa-me sem razão de viver.

Sinto ainda teu sangue quente,
Morno
Escorrendo em minhas mãos.
Matei-te sim,
Para não esperar tua morte.
Não havia mais vida em teus gestos.

Desejei sua morte!
Sim, desejei
Já estavas morto
Não querias mais!
Foi quando te tirei de meu peito,
Te matei em meu coração.

5 comentários:

Aмbзr Ѽ disse...

um tipo de morte dolorosa, mas na verdade pode ser uma renúncia um tanto necessaria em um poto de nossas vidas.

lindo poema.

http://terza-rima.blogspot.com/

Anônimo disse...

Com certeza vc entendeu o que quis dizer!
bjs

Zélia Guardiano disse...

Muito interessante o teu poema, Katia Cristina, que num primeiro momento sugere um crime real, para depois nos revelar que se trata de morte psicológica, emocional...
Adorei!
Grande abraço, amiga, preenchido de gratidão pela tua visita!

Zélia Guardiano disse...

Muito interessante o teu poema, Katia Cristina, que num primeiro momento sugere um crime real, para depois nos revelar que se trata de morte psicológica, emocional...
Adorei!
Grande abraço, amiga, preenchido de gratidão pela tua visita!

Anônimo disse...

Zélia

Há sempre um crime real.