segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Músicas





Eu tentei procurar uma música para tentar me definir ou uma música de que eu gostasse muito. Alguma música em que eu me identificasse.
Andei pelo site You Tube e ouvi centenas de músicas que me lembravam algo, mas nenhuma me fez sentir mais leve e me lembrou mais coisas do que "Don't Stop Believin" da banda Journey.
O que ela me lembrou exatamente eu não sei dizer, só sei que senti falta da alegria e da inocência do tempo em que ela fazia sucesso.
Minha inocência, talvez, mas saudades de um mundo que meu filho não conheceu.
Um mundo mais leve e feliz.
Éramos realmente felizes ou a falta de responsabilidades nos fazia felizes?
Não me julgo infeliz hoje, não é isso, só sinto falta de andar descalça na praia até tarde sem ter que ficar olhando para os lados com medo de ser assaltada!
O mundo sem AIDS também era mais livre!
Sex, drugs and rock and roll!
Limitaram tudo!
Tudo tem que ser com muito cuidado, pois um pequeno deslize pode custar a sua vida.
Journey representa para mim a falta de preocupação, pois o futuro era logo ali e viver era ser livre!
Eu gostaria de ser tão imatura e ingênua como antes.
Queria não preocupar tanto quando meu filho está na rua.
Queria poder acreditar em amores infantis, em mão dadas ao acaso, em relações sem cobranças, em uma vida sem medo de viver.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Vida





Os peões se posicionam para mais uma batalha.
Os guerreiros da luz e das trevas já esperam pelo embate.
A dama já posicionou ao para proteger seu protetor.
Com as bênçãos da igreja e a proteção das torres tentam manterem-se juntos e intactos.
Um a um os peões caem levando com eles a resistência dos jogadores.
Agora não há mais como não entrar no jogo, parte em socorro a igreja.
Se algo tem que ser sacrificado, que seja a religião, pensa um, enquanto o outro prefere perder a força de se cavalo.
Fé perdida, agressões verbais, tudo está em jogo.
O rei se movimenta atônito, tentando evitar o pior, enquanto a sua dama ataca em todas as posições.
Uma rainha ataca, outra defende.
Um cavalo passeia em L, enquanto o outro deita-se em embate perdido.
Um move uma peça, o outro pensa, absorve joga.
Há o embate, há o desgaste em um jogo em que todos perdem, nenhum é o vencedor, apenas a dor ocupa o espaço das casas peças abatidas, dos sentimentos perdidos.
Mais um movimento e xeque...
... Mate.
Uma sensação de alívio pelo fim de mais uma batalha, mas o sentimento de perda envolve os dois jogadores.
Não há vencido ou vencedor, apenas dois seres que insistem em jogar, quando na verdade gostariam mesmo é de amar.


Gravura by Antonio Martins

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

A natureza é irritante – Parte 3: Um dia na praia






Existe coisa mais irritante do que ir à praia?
Para uma pessoa como eu ir à praia é necessário encher um porta malas de coisas absolutamente indispensáveis: um guarda-sol enorme (não é qualquer guarda-sol, ele tem que ser quase uma barraca), uma cadeira de pés altos (porque eu detesto encostar na areia), um isopor cheio de água, um balde para me molhar (já que eu não me atrevo a entrar no mar), chapéu, livro, óculos de sol, protetor solar, cangas (notem que no plural), chinelo, toalhas, ...
Só a preparação para o passeio já me consome o suficiente e já me deixa irritada!
Depois de conseguir colocar toda essa “parafernalha” no carro, eu pego um enorme engarrafamento e aproveito para “fazer uma sauninha” antes de chegar à praia.
Depois de chegar à praia, tenho que encontrar um lugar para estacionar, o que uma missão quase impossível.
Lógico que só se acha vaga num lugar bem longe que é para ter que carregar toda tralha até ficar cansado e com sede!
Chegando à praia, escolho um lugar onde  acredito estar livre da principal praga da areia: as crianças. – como se fosse possível estar livre de uma criança correndo desembestada e jogando areia para todos os lados.
Começo então, a abrir o buraco na areia para fixar a barraca. E tem que ser um senhor buraco, pois a barraca é enorme!
Depois de desmontar a cadeira, cobri-las com as cangas, está na hora da diversão: ficar me escondendo debaixo do guarda-sol, enquanto o sol muda de posição.
De vez em quando, eu pego o baldinho e vou até a beirinha para me molhar.
Não é realmente divertido?
Depois de um dia inteiro “cozinhando” debaixo do guarda-sol, eu tenho que recolher tudo e pegar outro engarrafamento para voltar para casa.
Chegando em casa, me sinto ardendo, cansada e nada, mas nada desestressada, pelo contrário, sinto como se o dia tivesse sido inútil, pois me aborreci com as crianças que passaram correndo, com a bolinha do frescobol, com os cachorros que faziam caquinha na areia, com a mulher que gritava com os filhos,...
Realmente praia seria um lugar muito agradável, se fosse deserta.












Foto by Katia Martins

Rebolation






Tem dias em que a gente acorda e dá tudo errado.


Aquele era um dia daqueles! Estava mesmo difícil até para respirar!

Acordei atrasada para aula, trocaram a aula de informática que o professor chegava sempre atrasado pela aula de matemática, o ônibus não passava, enfim, parecia um inferno.

Quando a aula terminou meu marido me esperava na porta do cursinho com a cara mais desesperada que eu já tinha visto na vida!

Nessa hora eu pensei que meu filho tinha sofrido algum tipo de acidente, não sei, mas sabia que o meu dia não ia terminar bem.

Sumiu dinheiro de nossa conta bancária e eu teria que ir ao centro do Rio com ele, já que por telefone não conseguimos resolver.

Pegamos o trem lotado, fomos 1h15min em pé, caminhamos sob sol forte.

Chegando ao banco, não conseguia fazer o idiota do gerente entender que estornou um cheque da nossa conta duas vezes, foi uma verdadeira loucura.

Quando finalmente conseguimos resolver o assunto do cheque já estava quase na hora do banco fechar.

Resolvemos pegar o ônibus no ponto final, pois depois de um dia como aquele ninguém merecia voltar em pé para casa.

Lógico que o ônibus foi enchendo pelo longo do caminho e as pessoas começavam a se acotovelar, afinal seria mais 1h de viagem!

Quando o ônibus pegou a seletiva e não tinha mais para onde o motorista desviar, um rapaz aparentando uns dezenove anos começou a fazer movimentos suspeitos bem na frente e ao meu lado.

Como eu já tinha passado por uma situação desagradável nesse mesmo coletivo, fiquei atenta a todos os movimentos do suposto marginal.

Para piorar a situação, noto que o rapaz começa a gesticular para outros dois que estava mais atrás.

Naquela hora já imaginei onde ia jogar minha bolsa, olhei para o meu relógio e me despedi dele, pensei nos cartões de banco e na dificuldade de tirar a minha 5ª via da carteira de identidade.

Acreditem, já perdi 4 carteiras de identidade!!

O rapaz continuava com aquela cara de “gato que ia comer o canário ou pescar o peixinho no aquário” e eu me desesperava a cada instante.

Não sabia se contava para o meu marido que tagarelava ao meu lado sem perceber nadica de nada do que estava acontecendo ou se prestava mais atenção no sujeito.

Já na altura da entrada de Campo Grande o rapaz grita:

- Todo mundo com a mão na cabeça!

Mão na cabeça? Todos ficaram perplexos, isso é coisa de policial!

Seria algum policial disfarçado? Seria aquele jovem mais velho do que aparentava? Havia algum suspeito no ônibus?

Como ninguém obedeceu, além de uma senhora que pedia em nome de Jesus para que ele tivesse piedade porque ela tinha um marido deficiente que dependia dela, ele tornou a ordenar:

- Todo mundo com a mão na cabeça!

O motorista se desesperou, os passageiros começaram a colocar as mãos nas cabeças e esperar a próxima ordem e eu, como estava ao lado dele, esperei que ele nem notasse minha presença.

Meu marido me deu uma ou duas cutucadas querendo entender o que acontecia e eu nem me movia.

Veio a segunda ordem:

- Que vai começar! ...

Um enorme silêncio em um ônibus lotado...

Segundos pareceram horas...

E o infeliz me diz isso:

- O Rebolation, o retolation, o rebolation, on, on ...

Falou isso com a cara mais feliz desse mundo!

Eu agarrei nas pernas do cara e joguei o infeliz no chão, o motorista freou, pois já havia entrado em Campo Grande, as pessoas começaram a bater no rapaz desesperadamente e, num gesto de misericórdia, o motorista colocou-o para fora pela camisa!

O que passa pela cabeça de um cara desses?

Quer morrer?

Pegar um ônibus como aquele que não passa, acontece. Com pessoas cansadas que estão indo para longe?

Pessoas são pessoas...

Meu marido riu da situação toda e eu me senti vingada por ter sido a primeira a dar “uma lição” no “molequinho”.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Insônia




A noite me desperta,
Acalma-me.
Trás para mim a verdade da alma.
A luz do dia me cega,
Deixa-me febril.
Os dias vão se arrastando
E as noites ficam mais longas.
A cabeça dói,
A vista pesa,
Mas a solução não chega.
O dia amanhece e com ele,
... problemas.
Melhor seria estar na escuridão da noite,
Onde quase tudo é mágico,
Onde quase tudo se revela.
As máscaras caem diante de seu breu.

A noite revela,
Protege,
Abriga corpos cansados de pensar.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Air Supply - Making love out of nothing at all (live)





Fazer amor em troca de nada

Eu sei muito bem como sussurrar
E sei exatamente como chorar
Sei bem onde encontrar as respostas
E sei muito bem como mentir

Eu sei bem como fingir
E sei como fazer meus esquemas
Eu sei a hora de encarar a verdade
E sei muito bem quando sonhar

E sei exatamente onde te tocar
E sei o que provar
Sei quando devo puxar você para perto de mim
E sei quando deixar você sozinha

E eu sei que a noite está acabando
E eu sei que o tempo vai voar
E eu jamais te direi
Tudo que tenho para te dizer
Mas eu sei que tenho que tentar

E eu conheço a estrada da riqueza
E conheço os caminhos da dor
Eu conheço todas as regras
E também sei como quebrá-las
E eu sempre sei o nome do jogo

Mas eu não sei como te deixar
E jamais te deixarei cair
E não sei como você consegue
Fazer amor em troca de nada

(Fazer amor) Em troca de nada (6x)




Toda vez que te vejo, todos os raios do sol
Estão passando pelas ondas de seus cabelo
E toda estrela no céu está
Mirando teus olhos como um holofote

A batida do meu coração é como um tambor
Que está perdido mas procura um ritmo como você
Você pode tirar a escuridão das profundezas da noite
E transformá-la numa luz que brilha infinitamente

Eu tenho que seguir, pois tudo que sei
Bem, não é nada até eu ter dado a você

Eu posso fazer o corredor tropeçar
Posso decidir o tempo final
Eu posso resolver qualquer coisa apenas com o som de um assobio
Eu consigo fazer todos os estádios vibrarem

Posso fazer uma noite durar para sempre
Ou posso fazê-la desaparecer ao amanhecer
Eu posso fazer todas as promessas
Que já foram feitas
E posso fazer desaparecer todos seus temores

Mas nunca vou conseguir sem você
Você realmente quer me ver rastejar?
E jamais vou conseguir como você consegue
Fazer amor em troca de nada

http://www.vagalume.com.br/air-supply/making-love-out-of-nothing-at-all-traducao.html#ixzz1ELNnGbiy


domingo, 13 de fevereiro de 2011

Cinderela




Primeiramente gostaria de pedir licença para a professora Carla Fernanda, pois o tema dessa publicação esteve inicialmente em seu blogger.
O fato é o seguinte: Em um exercício em sala de aula, a professora pediu que os alunos escolhessem uma música para cantar e a escolhida foi Cinderela do grupo Ao cubo.
Bem, vamos a ela:


Cinderela



Já fui formosa, já fui donzela,
monumento de perfeição que revela
Charme de suprema doçura, a mais bela,
brilho de estrela,vulgo Cinderela
Já tiveram inveja da flor da minha idade,
o mel da formosura, que adoçava minha imagem
Por isso já abusaram da minha boa vontade,
respeito, bondade, virtude e coragem


Tive a infelicidade de nunca ter pai,
não sei como são, mas sei que muitos deles traem.
Esse é um dos poderes que eles tem e se apropriam,
abandonam sua cria e vão fazer outra família
Sacrilégio, já tive tédio, já sofri assédio,
será que vai ser sempre assim ,
não tem remédio?
Mas eu nasci menina com sonhos, fantasias,
um galanteador,príncipe encantado é o que eu queria


Debutante, vestido deslumbrante de cetim,
carruagem, paisagem, perfumada de alecrim
Festa no jardim, champanhe,Tim-tim,
e a valsa sem pausa, só eu e o príncipe enfim
Quem nunca tentou ser feliz, e se entregou,
assim como eu fiz
Sem medo, sem segredo.
Eu te amo meu amor, juntos pelo mundo,
aconteça o que for


Felizes para sempre até a chegada da cegonha,
fui abandonada com barriga que vergonha
Mais uma mãe usada,separada é meu fardo,
carreira mãe solteira, mais um filho bastardo
É quando um sonho de princesa vai chegando ao fim.




A música mostra a realidade de muitas meninas no nosso país, infelizmente.
O que me espantou foi o fato dos alunos a escolherem para cantar, pois não é uma música que fale de algo alegre.
Por que crianças escolheriam algo que expõem uma realidade tão cruel para cantar? 
Eu não sou exatamente fã de contos de fadas, pois se por um lado levam as crianças a sonhar, por outro criam a fantasia de que cada menino tem um príncipe encantado e todo menino pode encontrar a sua princesa para salvar.
Mas uma criança não ter ilusão alguma e ainda escolher um repertório que reflita isso é preocupante.
Está se formando uma geração que não se permite sonhar.
Quando perdemos a capacidade de sonhar, acabamos não realizando coisa alguma em nossa vida. 
Nós falhamos com essa geração.
Falhamos em tudo, pois fizemos com que perdessem a esperança, destruímos seus sonhos e transformamos a sua realidade e algo cruel.
Eu gostaria de poder dar esperanças para essa geração, mas como dar esperanças quando a realidade é que não temos coisas básicas como saúde, educação e segurança.
Como dizer para uma criança que pode dormir tranqüila, enquanto um tiroteio acontece na porta da sua casa?
Como convercer uma criança que é seguro ficar em casa, quando sua coleguinha foi baleada em casa, enquanto estava sentada na frente do computador?
Precisamos de mudanças sérias e enérgicas nesse país.
A começar pelos salários dos que nos governam.
Por que os nossos governantes ganham tanto, quando o nosso povo ganha tão pouco?
Não tem dinheiro para aumentar o salário mínimo?
Diminui o salário do deputado.
Quem sabe se quando a criança ficar doente e souber que pode contar com um médico para cuidar dela, se puder sair na rua sem medo de ser baleada e souber que pode ir para a escola que vai ter aula, ela volte a sonhar.


  
"Se abolir a escravidão

Do caboclo brasileiro


Numa mão educação


Na outra dinheiro..."





A versão portuguesa de Cinderela







Carlos Paião - Cinderela
Eles são duas crianças a viver esperanças, a saber sorrir.
Ela tem cabelos louros, ele tem tesouros para repartir.
Numa outra brincadeira passam mesmo à beira sempre sem falar.
Uns olhares envergonhados e são namorados sem ninguém pensar.
  

Foram juntos outro dia, como por magia, no autocarro, em pé.
Ele lá lhe disse, a medo: "O meu nome é Pedro e o teu qual é?"
Ela corou um pouquinho e respondeu baixinho: "Sou a Cinderela".
Quando a noite o envolveu ele adormeceu e sonhou com ela...
 
[Refrão]
Então, 
Bate, bate coração
Louco, louco de emoção
A idade assim não tem valor.
Crescer,
vai dar tempo p'ra aprender, 
Vai dar jeito p'ra viver
O teu primeiro amor.

Cinderela das histórias a avivar memórias, a deixar mistério
Já o fez andar na lua, no meio da rua e a chover a sério.

Ela, quando lá o viu, encharcado e frio, quase o abraçou.
Com a cara assim molhada ninguém deu por nada, ele até chorou...

[Refrão]

E agora, nos recreios, dão os seus passeios, fazem muitos planos.
E dividem a merenda, tal como uma prenda que se dá nos anos.

E, num desses bons momentos, houve sentimentos a falar por si.
Ele pegou na mão dela: "Sabes Cinderela, eu gosto de ti..."







sábado, 12 de fevereiro de 2011

Amar: verbo intrasitivo?





Algumas vezes basta um olhar,
Outras vezes um sorriso.
Algumas vezes não dá para fugir,
Em outras, não queremos.
Mas o que nos impulsiona?
O que nos faz imãs de pessoas que nos repelem?
Mas o que importa?
Se na verdade o que importa é a conquista,
O desejo de se sentir vivo outra vez!

Algumas vezes basta sonhar,
Outras, basta sentir.
Algumas vezes queremos apenas estar,
Em outras nem isso.
Basta saber que ainda somos,
Que ainda sentimos.
O que importa se não é possível?
O que importa se não se concretizará?
Basta apenas voltar a sonhar,
Basta apenas voltar a sorrir.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Vazia





Eu tenho estado assim, vazia.
Isso me acontece todas as vezes em que me sinto completamente abandonada.
Não tenho vontade de fazer nada ou de estar em lugar algum, a única coisa que me dá vontade é dormir.
Dormir como se nunca mais tivesse que acordar.
A vida é uma enorme farsa. Tudo nela são trevas!
Tudo que a gente acredita é uma enorme mentira.
A gente se ilude com as pessoas, com os fatos e com palavras que são verdadeiros venenos açucarados e, quando acaba o doce, te mata.
Algumas palavras me machucam tão fundo que eu fico como estou hoje: aluada, sem saber porque continua a respirar.
Ensaiei uma série de textos e não consegui escrever nada!
Nada além de colocar para fora o meu sofrimento sem maquilagens ou palavras bonitinhas.
Queria mesmo parar de respirar, nesse minuto, pois já não vejo mais sentido ou graça em viver.
Eu estou me sentindo exatamente como a gravura: com buraco enorme no peito.
É como se eu não conseguisse sentir mais nada por mim ou por ninguém!
Realmente não acredito mais no ser humano!
Eu nem vejo mais sentido nessa palavra: humano!
Humano?
O ser humano mata e não vai comer, mata por matar.
O ser humano fere por ferir, não por disputa de território ou coisa do tipo.
O ser humano destrói por destruir, conquista por conquistar, desilude e transforma tudo que é belo em lixo!
Aliás lixo humano é o que mais tem nesse planeta: tem o ser humano lixo e o lixo que ele produz.
Escrever é minha única terapia.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Tristeza





Se escolher eu pudesse,
Não mais respirava.
Para não ver mais sua cara de deboche.
Se pudesse escolher,
Pararia esse velho coração.
Para não ver a sua satisfação em fazê-lo doer.

Pararia o tempo,
No exato momento
Em que “engoli” o choro pela primeira vez.
Prestar a atenção eu iria,
Na face que ria
Da minha eterna solidão.

E por um momento eu penso
Estar pagando um preço
Por amar a quem não tem coração.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Você sabe por que sente medo quando está sozinho?







Quando eu era criança, e quando eu falo criança, falo de 3 anos e isso é tempo demais, eu entrava em meu quarto para brincar e colocava as minhas cadeirinhas de fórmica uma do lado da outra e colocava meus bichinhos sentados nelas e deixava apenas uma vazia para meu amiguinho invisível.
Nada demais, pois toda criança tem um, mas o fato é que cada dia eu pegava mais cadeiras na cozinha para acomodar meus bichos de pelúcia e falava cada vez mais alto com meus amigos invisíveis que me deixavam irritada.
No começo minha mãe não achou estranho, apenas dizia que eu tinha muita imaginação, mas depois foi ficando preocupada, principalmente quando ia fazer parte da brincadeira e eu pedia para sentar em outro local porque estava esmagando determinada pessoa.
Meus amigos tinham nomes e diziam coisas que eu falava para minha mãe, o que a deixava cada vez mais preocupada e me levou a um psicólogo.
O psicólogo disse que eu estava muito sozinha e recomendou a matrícula em um colégio.
Realmente, matriculada em um jardim de infância, sobrou pouca energia para meu amiguinhos imaginários que passaram a me perseguir quando fazia compras no mercado com minha mãe ou quando provocaram um acidente no jardim com lacre e que eu tenho a cicatriz até hoje.
Parece que eles não ficaram muitos felizes pela falta de atenção, mas me lembro até hoje que o menino que foi responsabilizado pelo acidente, nada teve a ver com ele. Foram eles, "meus amigos invisíveis"!
Me lembro de ver a expressão de ódio no rosto do garoto, sua satisfação em me machucar e de como, embora sentisse dor, não consegui tirar a minha mão com o bastão da vela! - crianças brincavam com velas e lacres, quando eu era criança no jardim da infância, minha mãe tem os trabalhos para comprovar.
Depois disso, me lembro que o medo foi tão grande que nunca mais quis brincar com meus amigo invisíveis, pois eles podiam me machucar e ninguém acreditava em mim.
Quando meu irmão nasceu, era atormentado dia e noite por "eles". Minha mãe conta até hoje do dia em que eu o retirei, recém nascido do berço, mas não sabe por que, apenas disse a ela que estava chorando muito, embora ela não tenha escutado nada.
Na adolescência eu estava emocionalmente perturbada e, mais uma vez "eles" se fizeram fortes em mim.
Uso todas as minhas forças, diariamente, para ignorá-los, mas basta um cochilo e ouço chamar meu nome e meu coração dispara.
Nunca quis isso para mim! Não quero isso para mim, mas "eles" me perseguem e ficam mais fortes quando estou emocionalmente abalada!
Tenho visto sombras, tenho ouvido o meu nome, tenho tentado ignorar, mas a verdade é que preciso de ajuda!





terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Aviso Importante

Cancele taxa assinatura - deixe de pagar 40,37
Em segundos você registra o seu voto/pedido.
Não precisa dizer uma só palavra, é só discar o número, 0800-619619
e depois 1, depois 1, depois 1 e..... e pronto!!

Ligue 0800-619619.
SERÁ VOTADO EM MARÇO/2011.
VAMOS LÁ PESSOAL!
Dê também o seu apoio a este Excelente projeto de Lei - A União vai fazer a Força -
CANCELAMENTO DA TAXA TELEFÔNICA de: R$ 40,37 (residencial) e R$ 56,08 (comercial)

Quando se trata do interesse da população, nada é divulgado.

COMO PROCEDER:
Ligue 0800-619619.

Ouça o menu, aperte 1 e espere a opção eletrônica. Digite 1 novamente, que é para votar a favor do cancelamento da taxa de telefone fixo.

O Projeto de Lei é o de n.º 5476/2001.
Esse tipo de assunto NÃO é veiculado na TV ou no rádio, porque eles não têm interesse e não estão preocupados com isso. Então nós é que temos de correr atrás, afinal quem paga somos nós!