segunda-feira, 19 de maio de 2014

A violência urbana






   Seria fácil falar sobre a violência urbana, uma vez que a maioria de nós já foi vítima dessa violência, entretanto, determinar os seus fatores é algo muito complexo, pois envolve questões políticas, sociais e até mesmo culturais. Um problema recorrente em nossa sociedade é o deslocamento de pessoas de cidades interioranas para as grandes metrópoles que não possui um efetivo policial suficiente e bem preparado para absorver esse crescimento populacional.
     A falta de oportunidades nas cidades do interior acaba deslocando pessoas, muitas vezes famílias inteiras, para as grandes capitais que não possuem estrutura adequada para absorver esse excesso populacional. O “inchamento” das metrópoles e sua falta de infraestrutura acaba gerando desemprego, o que propicia o aumento da violência.
     O contingente policial para atender essa nova população também está longe de ser adequado. Como o número de policiais não é suficiente e o preparo do efetivo atual não é satisfatório, cria-se uma sensação de insegurança e um aumento significativo da violência.
     Fixar o homem no campo com políticas habitacionais e aumento da geração de emprego diminuiria o deslocamento populacional.

     Tão importante quanto, aumentar o efetivo policial nas grandes metrópoles diminuiria a sensação de insegurança, porém esse efetivo deverá ser de qualificado, onde o treinamento e o bom preparo policial venham acrescentar qualidade e não quantidade, aumentando a sensação de segurança e diminuindo os números da violência.

domingo, 18 de maio de 2014

Um olhar sobre a violência nas manifestações populares





     A violência tem sido uma marca das últimas manifestações populares nas grandes capitais brasileiras. Grupos denominados pela imprensa como “Black blocs” foram acusados de incitar a violência, mas a verdade é que a população, em especial a mais jovem, tem agido de forma violenta nas manifestações.
     O brasileiro sempre foi considerado um povo pacífico “de uma terra onde tudo acaba em samba”, entretanto, nas manifestações ocorridas à partir da Copa das Confederações, em junho de 2013, grupos denominados “black blocs” promoveram  a destruição do patrimônio público e saques a lojas.
     Se fosse apenas um grupo independente, seria fácil identificar pelas imagens televisivas e tomar as providências cabíveis, mas a verdade é que a população, em especial a mais jovem e cansada de ser violentada diariamente pela falta de serviços públicos de qualidade, acaba apoiando tal grupo.
     A violência nas manifestações populares nada mais é  do que um reflexo de um povo reprimido e cansado de sofrer sem as condições básicas de vida e não serão bombas de gás  que irão parar essa população. Ao contrário, causarão mais revoltas.
     Não será com violência policial que o problema da violência nas manifestações populares será resolvido e sim trazendo para a educação, a saúde e o transporte público de qualidade para a vida dessa população cansada de promessas e que não enxerga mais a urna como a solução pacífica para seus problemas mais básicos.



sexta-feira, 16 de maio de 2014

Para virar a página do racismo, temos que virar as páginas do passado




     Depois da reação bem humorada do jogador Daniel Alves, o racismo voltou a ser o centro de debates por todo o mundo, porém não dá para erradicar o racismo da sociedade, enquanto esta estiver presa a dogmas ultrapassados que associam o negro à escravidão ou à servidão. E em mundo que se vai de uma ponta a outra do planeta em curtíssimo espaço de tempo, acreditar em raça pura ou superioridade racial é o mesmo que fechar olhos para a realidade que se configura diariamente a nossa frente.     Embora já esteja da que cientificamente que todas as pessoas são iguais, a imagem do negro ficou associada ao escravo, ao favelado, ao subalterno. Criando para o negro o estereótipo de inferioridade. É certo afirmar que o negro caminhou das senzalas para as favelas, mas a crença de que os grilhões da escravidão ainda os acorrentam à condição servil é inconcebível dentro de uma sociedade moderna.
     O esporte tem sido alvo de manifestações racistas porque eleva rapidamente a condição social e econômica daqueles que se destacam, sobretudo no futebol, percebemos então que a motivação é mais do que racial, é social, como se o negro não tivesse direito a asceder.
Se por um lado temos essa visão do passado onde o negro é associado à escravidão, a sociedade deve olhar para o presente e perceber que hoje não existe mais a concepção de raça pura. Todo ser humano hoje é formado por uma mistura infinita de raças e falar de racismo hoje é depor contra sua própria formação étnica.
     Para erradicar racismo da sociedade temos que parar de pensar que o mundo é formado por três raças distintas, onde esta é superior a àquela, e imaginar que o tempo, a facilidade do ser humano de se movimentar pelas áreas mais longínquas do planeta misturaram as cores dessa aquarela e que todo ser humano do planeta tem cada uma delas em seu código genético e que não se pode pensar em superioridade racial quando todos somos iguais