Mostrando postagens com marcador animais. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador animais. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Amizade




Será que sabemos realmente o que é amizade?
Será que somo realmente dignos dela?
É muito difícil encontrar um amigo realmente fiel, mas quem tem um cachorro sabe o que é ter um amigo.
Falo de ter realmente um cachorro, não aquelas pessoas que pegam um cachorro e colocam no quintal para que ele “se vire” da maneira que puder. Isso não é ter um amigo, é possuir um animal.
Você pode até dizer que o alimenta bem, que paga “clubinhos e veterinários caros”, mas sinceramente você não tem um amigo.
Um cachorro te ama de maneira incondicional. Ele não se importa com a roupa que você está usando, se o seu cabelo está penteado, se o seu desodorante está vencido, se fala cuspindo, ele te ama e pronto. A única exigência que ele te faz é estar com você.
Você pode contar para ele todos os seus segredos que ele nunca irá usar isso contra você e ainda tem mais: Mesmo que você brigue com ele não haverá mágoas, nem ressentimentos.
Todos os dias quando acordo, o meu cachorrinho está esperando na sala. Ele pula tanto na cerquinha da sala que a sua alegria nos contagia!
Eu digo que ele parece até chefe de excursão, pois logo de manhã já está feliz!
Com uma diferença: É obrigação do chefe de excursão estar bem humorado de manhã, o cachorro não. Ele está feliz apenas por você existir.
Um cachorro é incapaz de te discriminar pela cor, idade ou situação financeira!
Eu costumo dizer que eu discrimino as pessoas segundo o julgamento do meu cachorro. Se ele não gosta de uma pessoa, eu também não gosto. Os cachorros conseguem identificar com clareza o caráter de uma pessoa e se ela não tem um caráter confiável, ele não gosta e pronto.
Lógico que a primeira coisa que meu cachorro faz quando vê uma pessoa estranha é latir, mas a única coisa que ele pensa é em nos proteger, mas após “uma bela cheirada” é capaz de classificar a aura da pessoa e enxergar além do corpo. Se meu cachorro continuar latindo e querendo atacar uma pessoa, não quero conviver com ela.
A única coisa que me incomoda em relação aos homens e os cachorros é que os homens discriminam os cachorros.
Os homens classificaram cachorros segundo características específicas e deram nomes e raças para os cachorros.
Eu me lembro de quando era criança e de como fiquei feliz em ganhar um cachorro! Esse cachorrinho não tinha raça, meus pais não deixavam entrar dentro de casa, mas era o melhor amigo da gente.
O Sheik parece que sabia a hora que a gente chegava do colégio, pois esperava no portão.
Ele jogava bola. Ficava no gol e defendia quase todas as bolas.
A coisa mais triste da nossa infância foi quando chegamos em casa e um vizinho veio nos dizer que abriu o portão para buscar a bola que havia caído em nosso quintal e o nosso cachorrinho fugiu e foi atropelado por um ônibus.
Minha mãe deixava o portão sem cadeado por cortesia, para que as crianças pudessem pegar a bola, caso ela caísse enquanto estivéssemos fora.
Acho que minha mãe também ficou triste com a morte do Sheik, pois daquele dia em diante passou a colocar o cadeado no portão, embora tivesse demorado um bom tempo até arrumar outro cachorro.
Lógico que eu tive muitos cachorros depois disso, mas eu só passei a entender o valor da amizade depois que me mudei para cá.
Quando eu cheguei aqui, me senti absolutamente sozinha, pois meus parentes moravam longe e poucas pessoas tinham coragem de se mudar para um lugar onde não tinha água nem luz. Mesmo as pessoas que tinham coragem de viver aqui eram pessoas completamente diferentes de mim. Pessoas quase sem instrução e que já estavam acostumadas com condições até piores.
Fiquei sem ter com quem conversar. As pessoas me achavam esnobes, apesar de viver em condições muitas vezes piores que algumas.
Eu não era esnobe, só não pertencia ao lugar.
Foi quando nasceu uma ninhada de cachorrinhos na entrada do condomínio e trouxe para casa uma cachorrinha preta e branca feia que doía!
Era o menor cachorro da ninhada, tinha os olhos meio tortos e esbugalhados, mas era a minha melhor companhia!
Como era muito pequena, colocamos o nome de Miúda. No começo ela dormia dentro de casa, mas a casa não tinha condições nem para a gente viver, quanto mais um cachorro, então a colocamos numa “casinha” no quintal.
Ela nos seguia pela estrada e acabou atropelada por um caminhão.
Tivemos outros cachorros, mas nenhum deles sobreviveu muito tempo, pois era tudo muito difícil até para a gente.
Para falar a verdade, nem sei como a gente sobreviveu à condições de vida tão ruins.
Eu já tinha desistido de criar cachorros, preferi gatos como companhia, pois são mais independentes e resistentes.
No ano passado a minha mãe me deu um cachorrinho que passou a viver dentro da nossa casa. Eu costumo compará-lo a um trevo de 4 folhas, pois depois que ele veio, nossa condição de vida melhorou muito.
No começo eu tinha um pouco de medo de me apaixonar por ele e ele não resistir ao lugar, pois criar um cachorro de raça num lugar onde a civilização está a 1000 metros de distância é algo meio complicado.
Fizemos um cercadinho de madeira e criávamos como se fosse uma criança. Lógico que cachorros aprendem a pular cercadinhos mais rápido do que crianças, pois eles não têm medo.
Dava pena quando ele vinha mostrar para a gente que ele sabia sair do cercadinho e a gente brigava com ele. A carinha de desapontado dele doía o coração. Logo tivemos que arrumar outra maneira de protegê-lo.
Em alguns aspectos, criar um cachorro é bem melhor do que criar um filho, pois um cachorro podemos evitar que saia, que se envolva com outros da mesma espécie, que coma o que não deve, mantemos seu pelo aparado do jeito que gostamos, etc...
Impossível manter uma criança como mantemos um cachorro.
O meu Juca faz malcriação eu brigo com ele, ele fica zangado e depois passa, as crianças ficam emburradas, gritam e depois é preciso comprá-las para restabelecer o diálogo.
Vi uma reportagem em uma revista esses dias em que o cachorro da capa tinha uma coleira com os dizeres: “Eu amo meu Humano”.
Achei a frase genial, pois algumas vezes eu sinto que eu sou o bichinho de estimação do meu cachorro!
Sério! A maioria das vezes sinto que é ele quem decide quando vai brincar comigo!
Agora estou aguardando a vinda do mais novo membro dessa família: Soffhy.
Meu marido a chama de “sofia da p...”, mas para nós é Soffhy!
Não consigo me segurar de tanta ansiedade de saber como o Juca vai reagir na presença de outro cachorro, já que ele pensa que é gente.
Mas de uma coisa eu tenho certeza: É que serei duplamente feliz.

quinta-feira, 26 de junho de 2008

As peripécias de Maradona

Maradona é um gatinho que nasceu na casa de uma vizinha. Nascido de uma gata angorá e um gato siamês, uma mistura que não lhe garantiu grande beleza, mas uma docilidade e meiguice infinita.
Como era muito peludo, por causa da sua descendência angorá, não sabíamos se era macho ou fêmea e resolvemos batizá-lo de Madona, porque a qualquer momento poderíamos trocar o nome por Maradona, pois a sonoridade era a mesma.
Quando filhote era um gatinho muito ativo e gostava muito de brincar. Qualquer bolinha de papel servia para que ele começasse a correr pela sala, mas era também um gatinho muito guloso e logo começou a engordar e ficar preguiçoso.
O gato se envolveu em muitas peripécias, mesmo quando ainda se chamava Madona.
Uma vez fui passar o final de semana na casa da minha mãe e Maradadona (mistura de Madona com Maradona) resolveu subir no telhado por um galho de árvore e não conseguiu descer porque começou a chover e ventar e galho desencostou da beira do telhado.
Meu marido, que estava sozinho em casa e só achara uma bermuda tão larga que não podia sequer andar porque caía, começou a ficar preocupado com o desaparecimento do bichinho e começou a chamá-lo pelo nome de Madona.
Maradadona, que nunca foi de miar muito, até para nos poupar de seu miado horripilante que ficaria mais conveniente em um gato da família Adams, a essa altura já tinha desistido de descer por onde subiu e já estava todo encharcado, resolveu miar para mostrar o seu paradeiro.
Meu marido, ouvindo o pedido de socorro do bichano, saiu em seu socorro, porém sem se esquecer de segurar a bermuda para que esta não caísse.
Quando viu que o gatinho se encontrava preso no telhado pegou um caibro e ficou segurando para que ele pudesse descer sem susto.
Lógico que ao soltar a bermuda para segurar o caibro, ela caiu na altura dos joelhos deixando-o de cuecas no quintal.
Foi então que se viu na situação ridícula de estar no meio do quintal, na chuva, de cuecas, olhando para o alto e gritando: - “Vem Madona! Vem, Madona!”
Nunca nenhum gatinho deu tanto trabalho como o Maradadona!!
Como era muito franzino, resolvemos comprar uma ração especial para ele. E ele não se fez de rogado. Comeu até se tornar um gatinho gordo, curioso e preguiçoso.
Justamente por ser curioso e gordo, sempre se metia em confusões.
Noutra feita, o lixo da cozinha começou a aparecer revirado e coloquei a culpa nele, afinal era tão guloso. Apesar de sua gulodice, Maradona tinha um paladar apurado e não entendia porque estava apanham e tendo o seu focinho esfregado em algo tão fedorento.
Uma noite nós ouvimos um barulho na cozinha e corremos para pegar o bichano “com a boca na botija” e demos “com os burros n’água”. Quando chegamos na cozinha tinha apenas um gambá enorme que se assustou com a nossa presença e escondeu o focinho entre as garrafas de cerveja.
Maradona ouviu toda a movimentação na cozinha e na esperança de comer um pouco mais de ração veio correndo para acompanhar a movimentação.
Chegando lá deu de cara com um animal desconhecido e foi aos saltitos dar-lhe as boas vindas.
Maradona quando viu que o gambá era o responsável pelas suas surras matinais, foi na sua direção, enquanto o gambá não entendia como aquela bichona, melhor dizendo aquela bicha felina estava poderia estar tentando lhe perseguir.
Mas, como sua curiosidade acaba toda vez que sacudo o pote de ração, logo voltou para casa.
Passamos dias sem ter uma só preocupação com o Maradona, apesar de achar muito estranho um gato comer os ossos do peito do frango, nenhuma preocupação a mais com o bichano, bichona.
Há uns quinze dias atrás, num sábado de manhã, acordei e abri a porta da frente, já chamando o seu nome.
Para minha surpresa entrou um filhote de gato tão feio que parecia ter sido abandonado por alguma nave espacial.
Lógico que o Maradona estava atrás dele!!
Como se tivesse encontrado o bicho na rua, sentido pena dele estar sem um lugar para se abrigar e o convidado para morar em sua casa. Simples assim.
Eu quando olhei aquele gato com orelhas que mais pareciam de uma lebre, fiquei tão horrorizada que resolvi adotar o gatinho. Também se eu não o fizesse, com aquela aparência, ninguém o faria.
O “estranho”, foi assim que o batizamos, é todo amarelo. Até os olhos!
Mas a última peripécia de Maradona foi sumir.
Anteontem à noite, saiu para dar o seu passeio noturno e fazer as suas necessidades antes de dormir entre os nossos cobertores e não voltou. O detalhe mais sórdido da história é que eu tinha acabado de servir Wiskas Sache de Salmão para ele. Pensar que o bichano tinha virado churrasco recheado de Salmão foi um pensamento nada agradável.
Na manhã seguinte eu o chamei e ele não veio para o desjejum. Fiquei logo preocupada, pois guloso do jeito que é, nunca perdia uma refeição, mas como tinha que trabalhar, fiquei torcendo para encontrá-lo na volta, o que não aconteceu, para o meu desespero.
Hoje pela manhã eu acordei com um frio da peste. Tomei meu banho, lavei a cabeça e, para não ficar resfriada sequei com secador.
Eu já estava saindo para trabalhar quando um amiguinho do meu filho disse que meu gato estava preso num barranco. Barranco? Aquilo era uma pirambeira que as chuva dos últimos dias tinha deixado pior.
Eu não pensei duas vezes e sai no meio de um temporal para ver se era o meu bebê. E pior é que era.
Sai descendo desembestada sem nem mesmo pensar como ia subir.
Quando cheguei lá em baixo, lá estava o Maradona agarrado a uma árvore caída no meio de um riacho. Peguei-o no colo e tentei subir, o que não consegui. Isso tudo depois de pular arame farpado, invadir um sítio.
O garoto que me levou até o Maradona e acompanhava toda minha epopéia, foi até a entrada do condomínio falar com um porteiro, que criava cavalos, para pegar uma corda para me resgatar.
Apesar dos meus 45 quilos, foi preciso 3 homens para me puxar!
Quando cheguei em casa não sabia se estava com mais ódio do gato ou de mim.
Dei um banho de “esfrega” no bichano com shampoo e creme condicionador, tomei meu banho e fui trabalhar. Nem precisa dizer que nada mais deu certo: Peguei a condução errada, desci no lugar errado, tive que andar dois pontos debaixo de temporal, o cliente em que ia, já tinha saído.
Eu não pensei duas vezes: Desisti de trabalhar e parei num veterinário para marcar a castração do bichano, pois fiquei sabendo que se o animal for castrado deixa de sair para a rua.
Com certeza a castração é a melhor solução.
Já pensaram nos lugares mais sórdidos em que eu possa a ter que resgatar esse gato?
Prefiro nem pensar.
Enquanto o dia da castração não chega, Maradona está em cárcere privado, sem direito a nem uma voltinha no quintal, se bem que depois do susto ele nem coloca a cara nem na janela e se percebe algum movimento estranho se mete em baixo da cama.
Já pensou se ele tem que tomar outro banho de escovinha e ser secado com secador?
Ele mesmo prefere não arriscar.

terça-feira, 26 de junho de 2007

O meu ratinho branco


Hoje, ao acordar, percebi que meu hamster branco não apresentava muito movimento, estava mesmo meio borocochô (como diria a minha mãe). Foi então que me dei conta que o bichinho já havia completado 2 anos e, para um hamster, é o tempo limite de vida.
Notando o bichinho visivelmente cansado, fiquei muito chateada e jurei para mim mesma nunca mais criar um bichinho desses.
Nem mesmo eu entendo porque eu crio esses bichos. Parece que foi ontem que meu filho chegou do colégio com um hamster malhadinho dentro de uma caixinha e tivemos que improvisar uma gaiolinha.
Nossa! Eu tinha verdadeiro pavor daquele bicho, mas no mesmo final de semana compramos mais 4 e uma gaiola horrível. Logo percebemos que iríamos precisar de um viveiro, pois a fêmea colocou para fora mais sete filhotinhos!
Derrepente eu tinha, de uma hora para outra, 10, 12 hamsters num viveiro. Começamos dando de presente para as crianças do condomínio e, logo a fêmea que teve os filhotinhos foi cruelmente assassinada por mim. Está certo que foi um homicídio culposo, sem intenção de matar, mas foi um horrível homicídio, uma vez que deixar a tampa do viveiro cair direto no focinho do bicho, não deve ser a maneira mais agradável de morrer.
O pai dos bichinhos era um animalzinho muito dócil, ao contrário da mãe, que só morreu por tentar me morder. O Fofucho passava o dia solto na mesa de centro da sala ou entre os nossos casacos. Era realmente muito engraçadinho e logo compramos outra fêmea, que batizamos de Fofolete.
A Fofolete era caramelo claro, bem peluda e logo na primeira cria teve 15 filhotinhos. Mais uma vez estava eu às voltas com um viveiro cheinho de pequenos ratinhos. Era mesmo divertido ficar olhando os bichinhos naquela rodinha idiota ou subindo e descendo de pequenos tubos ou se dependurando na gaiola, mas era muito bicho fazendo xixi e cocô para eu limpar.
Mal eu conseguia me livrar de uma ninhada, vinha outra em seguida! Resolvemos vender os bichinhos, mas também não se vendia com facilidade e o preço também não animava. Foi então que eu decidi separar o Fofucho da Fofolete.
Meu filho há muito já havia se desinteressado dos bichinhos, ficando as gaiolas aos meus cuidados.
Agora meu filho estava mais preocupado com um gato meio siamês, meio viralatas, que encontrara na rua.
Um dia eu bobeei com a gaiola da Fofolete e o gato a matou. Foi assim que começou a história do ratinho branco aqui em casa. O Fofucho morreu de velho e foi subistituído por um ratinho tão inexpressivo que nem me lembro o nome dele e nem me lembro de que morreu, mas fez bastantes filhotes também.
Quando o macho morreu, decidi que ficaria apenas com meu ratinho branco mal humorado. Esse ratinho não segue nenhuma lei no que diz respeito a sua raça, pois não fica acordado a noite toda, não gosta muito da rodinha e quase não sai da sua casa. Quando muito sai quando eu o chamo. Nem entendo muito bem o porquê de eu gostar tanto de um bichinho tão antipático! Talvez porque ele seja um pouco como eu, que não gosta muito de companhia e prefere passar horas sozinho.
Olhando para a gaiola hoje pela manhã, decidi que o meu ratinho branco ser o último morador da gaiola de 2 andares. Não tenho mais saúde para criar o bichinho e em 2 anos vê-lo morrer sem poder fazer nada por ele. É realmente muito triste não poder fazer nada porque o bichinho já é velhinho. Acho muito injusto o meu ratinho branco ficar velhinho com apenas 2 aninhos. O que são 2 anos? Nada para nós, mas para eles fecha o ciclo de vida.
Por mais que a gente não queira, acaba se apegando ao bichinho e muitas vezes não tem muito tempo para se dedicar a ele, então, passam-se 2 anos e ele morre.
Não, não e não. Definitivamente não. Não criarei mais hamster enquanto não puder ter uma gaiola tão grande que o número de nascimentos supere o de falecimento, pois é muito triste ver o bichinho no estado terminal dessa maneira e a alegria de um nascimento supera a dor de um falecimento.
O meu ratinho branco será o último, com certeza!
Claro que o meu filho já não está mais empolgado com o gato e sim com o passarinho, desculpem, a cachorrinha. Acho que é por isso que o ciclo de vida de um hamster é tão pequeno, porque eles duram o tempo ideal para o interesse de uma criança por eles, não passando pelo ciclo em que são abandonados por elas como os gatos, os passarinhos e os cachorros.
Quando morreu o primeiro, meu filho já nem ligava mais se o bichinho estava sendo alimento ou não, durou o tempo certo do interesse dele. Enquanto eu chorava pelo bichinho ele só esperava a hora de poder enterrá-lo. Eu não me lembro de ter sido assim quando era criança, mas com certeza muitos cachorrinhos e gatinhos devem ter sentido a dor de terem sido esquecidos por mim. Os bichinhos sentem quando são abandonados.
Se eu tivesse condições de ter mais bichinhos, eu teria, mas sinto que até eu esqueço deles de vez em quando.
Agora decidi que nenhum bicho será mais substituído, aquele que se for não terá substituto.