terça-feira, 24 de maio de 2011

Cartilha do MEC estimula crianças a falarem errado





Vejam com seus próprios olhos o capítulo em questão do livro "Por uma Vida Melhor", distribuído para 4.236 escolas do país. Ele já começa com a seguinte pérola:
A classe dominante utiliza a norma culta principalmente por ter maior acesso à escolaridade e por seu uso ser um sinal de prestígio. Nesse sentido, é comum que se atribua um preconceito social em relação à variante popular, usada pela maioria dos brasileiros.

Agora temos luta de classes dentro da própria língua! Falar correto é coisa de burguês, e não algo a ser almejado por TODOS. O que esse "confronto de classes" lhes lembra? A porra do Marxismo, claro, mas mais especificamente o Gramscismo (leiam tudo do link)! Todas as tradições são demolidas, todas as autoridades são questionadas a ponto de perderem o valor (PAIS, família, professores, e até mesmo o judiciário). Os professores e a língua devem se curvar a qualquer um que surja com um modo específico de falar, e não é difícil imaginar que futuramente veremos nos próximos livros do MEC as frases "TODOS CHORA", "CORRAO" e "COMOFAS?" como exemplo de norma popular. Duvidam? Então tomemos o exemplo de concordância do capítulo em questão:
Os livro ilustrado mais interessante estão emprestado

Você pode estar se perguntando: “Mas eu posso falar ‘os livro?’.”
Claro que pode. Mas fique atento porque, dependendo da situação, você corre o risco de ser vítima de preconceito linguístico. Muita gente diz o que se deve e o que não se deve falar e escrever, tomando as regras estabelecidas para a norma culta como padrão de correção de todas as formas linguísticas. O falante, portanto, tem de ser capaz de usar a variante adequada da língua para cada ocasião.

E não termina por aí:
Na variedade popular, contudo, é comum a concordância funcionar de outra forma. Há ocorrências como:

Nós pega o peixe.

Os menino pega o peixe.

Nos dois exemplos, apesar de o verbo estar no singular, quem ouve a frase sabe que há mais de uma pessoa envolvida na ação de pegar o peixe. Mais uma vez, é importante que o falante de português domine as duas variedades e escolha a que julgar adequada à sua situação de fala.

É pra fuder com a cabeça de quem vai pra escola pra aprender ou não é? Qual o sentido da escola? Melhor ensinar os filhos em casa!
Segundo o MEC, o livro está em acordo com os PCNs (Parâmetros Curriculares Nacionais) - normas a serem seguidas por todas as escolas e livros didáticos.
"A escola precisa livrar-se de alguns mitos: o de que existe uma única forma 'certa' de falar, a que parece com a escrita; e o de que a escrita é o espelho da fala", afirma o texto dos PCNs.

O linguista Evanildo Bechara, da Academia Brasileira de Letras, critica os PCNs:
"Se um indivíduo vai para a escola, é porque busca ascensão social. E isso demanda da escola que lhe ensine novas formas de pensar, agir e falar".

O Prof. Pasquale Neto alerta para o risco de exageros:
"Uma coisa é manifestar preconceito contra quem quer que seja por causa da expressão que ela usa. Mas isso não quer dizer que qualquer variedade da língua é adequada a qualquer situação."

Ora, se a pessoa manda seu filho para escola, não é só pra ganhar o bolsa familia não (embora muita gente só pense nisso). Se a pessoa PRECISA ter nível primário, médio e superior para almejar certos cargos (ironicamente presidente não é um deles), então é preciso EDUCAR apropriadamente. Se relaxarmos no trabalho de base das crianças, o que esperar dos adultos? "Os menino", em vez de exceção, vai virar norma. E aí teremos de mudar a norma pra se adequar a um nivel de estupidez crescente? "Preconceito linguistico" foi a coisa mais idiota que já li esse ano (e olha que foi um ano cheio de idiotices). Se a pessoa não teve oportunidade de estudo pode falar "probrema", "tauba" ou "os menino" que quiser. Corrigir uma pessoa de idade por causa disso é humilhante. Agora, um menino que sai da escola falando assim? Merece um cascudo, não só ele como o MEC e esse governo corrupto que acha que educação (ou ética) é uma coisa menor num país cheio de "pobrema". Num é, cumpanhero?
(Fonte: Saindo da Matrix)

MEC
"Ministério dos Erros de Concordância"
(Agamenon, Jornal O Globo - 2° Caderno, página 10. Em 22/05/2011)

Intão agora vamu tudo falá du jeito que quisé.

6 comentários:

Carla Fernanda disse...

UM ABSURDO!
E É SÓ O COMEÇO KÁTIA, INFELIZMENTE!!
O BRASIL SEI NÃO VIU TÁ CAMINHANDO A PASSOS LARGOS PARA O CAOS.
A COMEÇAR PELO MINISTÉRIU DA ISTUPIDEZ. O POVO QUE VOTA E MANDA NÃO É?
BEIJOS E BOA NOITE!
CARLA

Anônimo disse...

Quero saber se a a língua portuguesa vai continuar como matéria ou como opcional, pois o aluno que for reprovado vai pode processar o colégio?

chica disse...

Isso é uma vergonheira mesmo,CREDO!!! beijos,tudo de bom,chica

Gilberto Carlos disse...

Realmente é um absurdo. Trabalho em uma escola e acho esses erros gritantes. Isso na era da internet acaba sendo comum (infelizmente), onde se costuma abreviar as palavras ou escrever errado para se comunicar pelo msn e sites de relacionamento, mas agora numa cartilha do MEC é imperdoável...

ANTONIO NAHUD disse...

Belo blog, Kátia.
Abração e apareça,

O Falcão Maltês

Al Reiffer disse...

Dizem que o Brasil está progredindo. Devo ser muito idiota. Não consigo entender no quê. Abraços!