segunda-feira, 11 de abril de 2011

Anonimato






José Feliciano era menino franzino.
Vindo da Paraíba com seus pais para morar na Favela do Peixe, no Rio de Janeiro, não sabia ler nem escrever, mas já sabia o que era sofrimento.
Era o único filho que sobreviveu à fome da seca e a única esperança de seus pais sofridos.
Seu pai, Pedro, trabalhava na obra do metrô e sua mãe Maria, como tantas Marias, trabalhava em casa de “madame”.
Zézinho foi para escola “para ser doutor”, mas tudo que conseguia era que as outras crianças fizessem chacota dele.
O menino cresceu.
A mãe morreu de “bala perdida”, o pai se entregou à bebida e morreu de desgosto.
Um dia o José comprou uma arma, invadiu a câmara de deputados do Rio de Janeiro e matou trinta e cinco pessoas até que fosse detido e suicidassem ele.
Antes de morrer ele lembrou-se que tudo que ele sonhava quando era criança era poder ser doutor e comprar uma casa para os pais dele morar.




Imagem: Google

5 comentários:

chica disse...

Ele poderia ter seguido a força e exemplo dos pais,mas... preferiu o outro. beijos,chica e tô na torcida que o SOL volte a brilhar pra ti,srsr( vi no comentário,srsr) beijos,chica

Carla Fernanda disse...

Triste Kátia!
Suicidasserm ele é ótimi viu. Médicos também costumam fazer isso com bandidos.
A vida não é o que sonhamos, mais o que fazemos dela.
Já o nosso ex presidente teve mais sorte não é mesmo:
Beijos!

Bete Nunes disse...

E tem gente que acredita em destino...

Al Reiffer disse...

Ele tinha que invandir também a Câmara dos Deputados em Brasília, e o Senado. Abraços.

Carla Fernanda disse...

Querida bom final de semana!!
Beijos,
Carla