terça-feira, 20 de julho de 2010

Consultório Médico






Era um dia como outro qualquer e Mariana vai bem cedo para o trabalho, afinal era ela a responsável por abrir o consultório médico de Dr.ª Cláudia.
Abriu a porta, sentou-se em sua mesa, organizou algumas fichas e atendeu alguns telefonemas.
No decorrer do dia não houve nenhum fato que chamasse sua atenção, entretanto, no final da tarde uma mãe liga desesperada pedindo um “encaixe” com a doutora.
Mariana aperta daqui, espreme dali, reza para algum paciente faltar para que não tivesse que ficar depois da hora e não perder sua aula.
No horário determinado a senhora chega com o filho, Mariana faz a ficha e encaminha ao consultório.
A mulher se mostrava impaciente e Mariana muito mais porque não queria perder suas aulas noturnas.
A hora ia passando e a mulher de 5 em 5 minutos perguntava a Mariana se ainda demoraria muito.
Mariana sorria delicadamente, mas via o menino em plena atividade e não compreendia qual seria a urgência que levara aquela mãe ao consultório, entretanto não era seu dever julgar.
Por fim, resolveu entrar no consultório e pedir para que Dr.ª Cláudia atendesse o menino, pois via a aflição da mulher.
Gentilmente, Dr.ª Cláudia atendeu ao pedido da sua secretária, que depois de tantos anos já tinha se tornado sua amiga.
Mal Mariana saiu do consultório e sentou-se em sua cadeira, Cláudia aparece na porta e chama pelo nome do paciente tal qual estava escrito em sua ficha e que Mariana havia copiado da certidão de nascimento da criança.
- Lestigo!
A mãe nem se mexeu.
Dr.ª Cláudia olha espantada para Mariana e repete:
- Lestigo!
Mariana olha para a mulher e fala:
- Senhora, é sua vez!
A mulher indignada olha para a médica e pergunta:
- Qual o nome que a senhora chamou?
A médica repete:
- Lestigo!
A mulher mais indignada ainda retruca:
- A Dr.ª não sabe ingrês não?
- É Let’s Go!



OBS: Gostaria de informar que todas as estórias contadas em meu blog e que levam o marcador pessoas realmente aconteceram, entretanto os nomes e alguns locais foram trocados para ninguém me processar.
No entanto, cada um dos “causos” contados não foram em segredo, portanto, resolvi publicá-los.
“Eu aumento, mas não invento.”

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