segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Encontro de ex-alunos





Essa é uma resolução que já tinha tomado o ano passado e que quero renovar para o próximo ano: Eu não vou mais em encontros de ex-alunos!!!!
O primeiro encontro de ex-alunos que eu fui foi acompanhando o meu marido, pois era o encontro dos ex-alunos do Colégio Pedro II.
Achei que seria legal, mas cada pessoa que se aproximava de mim perguntava a turma e o ano em que estudei e quando eu falava que não tinha estudado no colégio, se afastava rapidamente e eu acabei sozinha, num sofá, ao meu lado apenas uma adolescente de 17 anos - filha de uma ex-professora do colégio - e um garrafão de 5 litros de vinho. 
Lógico que não prestou, acabamos bebendo o vinho todo e, ao final, quase fui para casa com ela!
Vieram outros encontros e a cada novo eu estava mais velha e, lógico, todos também, pois não havia nenhum Benjamin Button entre nós.
Quando a gente vai a um encontro desses começa a procurar as fotos antigas da época e fica olhando para aquelas carinhas todas bem jovenzinhas e se esquece que, assim como você, as pessoas envelheceram e quando se depara com a nova imagem da pessoa  velha, barriguda ou careca,  é que se dá conta de como está velho.
Certa vez, uma amigo me convidou para um encontro desses e eu não fui, depois veio me contar que quando ele estava indo embora viu um "velhinho" vindo na direção da turma e ficou se perguntando sobre a matéria que aquele  suposto professor dava aulas, quando finalmente chegou à conclusão que, na verdade era um antigo colega de turma.
Quando isso acontece só há duas opções: Ou você fica feliz por não estar da mesma maneira, ou corre para o espelho mais próximo para se enxergar melhor.
E tome depressão!
Quando fiz meu Orkut, esperava encontrar alguns amigos de infância, familiares e alguns amigos de colégio e de faculdade.
No começo eu não encontrei ninguém, depois fui encontrando um, outro e continuo encontrando até hoje.
Uma coisa que aprendi nessa coisa de encontrar amigo em página de relacionamento é que se a foto não tem legenda, espere que a pessoa te diga quem são.
Semana passada estava no álbum de um amigo assim que ele me adicionou e fiz um pequeno comentário constrangedor: Nossa! Como sua filha está grande!
Nem precisa dizer que não era filha dele e sim a nova esposa! 
Acho que perdi o amigo.
Também é muito complicado quando se vai ao primeiro casamento do cidadão e depois encontra com ele com seu filho de 2 anos e fica se perguntando de qual casamento ele pertence.






Ainda outro dia, eu esperava meu marido que tinha ido ao banco - meu marido gosta tanto de banco que deveria trabalhar em um - quando parei em frente a uma loja com enfeites para casamentos, 15 anos e festas de bodas de prata e fiquei imaginando o quanto aquela loja tinha que diversificar, pois quem comemora essas coisas nos dias de hoje?
Sem mentira, eu juro!
Certa vez, quando eu trabalhava numa rádio comunitária, uma menina veio pedir para anunciar o aniversário dela de 15 anos com um bebê de 2 anos no colo e uma barriga de 8 meses de gravidez!
E posso afirmar que foi uma festança! 
Esse enfeite eu guardei de recordação, pois foi o primeiro baile de debutante onde a debutante era "casada"!






Já que o assunto desvirtuou...
Vamos falar de casamento.
Quem é que hoje em dia, a não ser que tenha dinheiro sobrando, que se casa de maneira tradicional?
Eu digo cartório, igreja, festa...
Quando um amigo se casou há 2 anos atrás, só a certidão foi 150,00.
Agora imaginem: Se a certidão está custando mais de cem reais, o vestido da noiva quanto não estará custando?
Tem mais uma diferença: Antes casava-se e fazia-se de tudo para manter o casamento "até que a morte os separe", hoje em dia a pessoa já casa pensando que "se não der certo, separa" e a primeira briga pode ser suficiente para isso.
Essa deve ser a razão de não termos mais tantas "Bodas de Prata".
Outro fato engraçado sobre os casamentos é que você pode planejar o quanto quiser que algo sempre vai dar errado.
Tem coisas imprevisíveis como aquele tio ou vizinha que bebe demais e acaba pagando o maior mico ou um cara que resolve cumprimentar o noivo com beijinhos e isso aparece nas filmagens, ou a pessoa que foi contratada para fazer as filmagens cair de costas e deixar a câmera cair e perder tudo que havia filmado. Acreditem, eu já vi tudo isso acontecer em casamentos, mas o mais comum, nos casamentos, são as bandejas voadoras, aquelas que passam bem alto para convidados comuns e que servem muito bem a família dos noivos.
Uma coisa que ninguém se dá conta é sobre a trilha sonora. Normalmente se contrata uma equipe de som ou uma banda, paga-se os direitos autorais e espera-se que a pessoa tenho o bom senso de saber que está tocando num casamento, mas isso, na maioria das vezes, não acontece.
Fui a um casamento, certo vez, que assim que entrei, prestei atenção na trilha e reprovei: "Você abusou, tirou partido de mim, abusou..."
Bem romântica para ser tocada num casamento. Uma música que fala de desilusão e etc. tocada ao vivo por uma banda em um casamento, bem apropriado. Já vai preparando os noivos para uma futura separação.
Falando em reencontro, "encontrei" o casal da música citada e eles ainda e com 3 filhos.
Eu disse que "encontrei", pois foi só um perfil no orkut e, pelas fotos, comecei a fazer a minha própria dieta.





Falando sobre encontrar pessoas em perfis no orkut, existe um fato curioso: As pessoas ainda tem aquela imagem da gente congelada da última vez que nos viu.
Quando a gente "se encontra" em sites de relacionamento, ao invés de fazer comentários construtivos, ressalta o que os anos trouxeram de pior.
Vejo comentários simpáticos, do tipo: "Nossa! Como você engordou!", "Você está de cabelo branco!", "Tá com um aeroporto de mosquito maneiro!"...
Eu prefiro guardar os comentários para mim e falar apenas "legal".
Se a pessoa me mostra uma foto, repondo: "legal".
Para envelhecer, basta viver.
E a minha próxima resolução de Ano Novo é que não vou mais em encontro de ex-alunos, casamentos, bodas, nem aniversários de pessoas que não vejo há mais de 6 meses.

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