Todas as noites me recolho
Em pedaços,
Pequenos pedaços espalhados
Pelos cantos.
Na escuridão me recomponho e
Amanheço.
Para novamente me repartir
Aos milhares.
Cada dia, ano após ano
Me desfaço.
Me reinicio e continuo
A me recriar.
Cada vez que me recrio perco um pedaço
Da minha alma.
Que se perde escondida na escuridão
Da noite.
A cada dia amanheço
Diferente.
E a cada pedaço que falta
Me faz falta.
E todos os dias me torno
Mais mecânica.
Menos humana, menos sensível e
Em pedaços.
2 comentários:
É, creio que este poema serve para todos nós. Muito bom! Abraços!
Gostei em especial do final: e todos os dias me torno mais mecânica, menos humana, menos sensível, em pedaços.
Tenho me sentido assim.rs
Parabéns!
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