sexta-feira, 16 de maio de 2014

Para virar a página do racismo, temos que virar as páginas do passado




     Depois da reação bem humorada do jogador Daniel Alves, o racismo voltou a ser o centro de debates por todo o mundo, porém não dá para erradicar o racismo da sociedade, enquanto esta estiver presa a dogmas ultrapassados que associam o negro à escravidão ou à servidão. E em mundo que se vai de uma ponta a outra do planeta em curtíssimo espaço de tempo, acreditar em raça pura ou superioridade racial é o mesmo que fechar olhos para a realidade que se configura diariamente a nossa frente.     Embora já esteja da que cientificamente que todas as pessoas são iguais, a imagem do negro ficou associada ao escravo, ao favelado, ao subalterno. Criando para o negro o estereótipo de inferioridade. É certo afirmar que o negro caminhou das senzalas para as favelas, mas a crença de que os grilhões da escravidão ainda os acorrentam à condição servil é inconcebível dentro de uma sociedade moderna.
     O esporte tem sido alvo de manifestações racistas porque eleva rapidamente a condição social e econômica daqueles que se destacam, sobretudo no futebol, percebemos então que a motivação é mais do que racial, é social, como se o negro não tivesse direito a asceder.
Se por um lado temos essa visão do passado onde o negro é associado à escravidão, a sociedade deve olhar para o presente e perceber que hoje não existe mais a concepção de raça pura. Todo ser humano hoje é formado por uma mistura infinita de raças e falar de racismo hoje é depor contra sua própria formação étnica.
     Para erradicar racismo da sociedade temos que parar de pensar que o mundo é formado por três raças distintas, onde esta é superior a àquela, e imaginar que o tempo, a facilidade do ser humano de se movimentar pelas áreas mais longínquas do planeta misturaram as cores dessa aquarela e que todo ser humano do planeta tem cada uma delas em seu código genético e que não se pode pensar em superioridade racial quando todos somos iguais


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