terça-feira, 18 de março de 2008

Ao maior poeta da atualidade


O tempo não pára








Disparo contra o sol
Sou forte, sou por acaso
Minha metralhadora
Cheia de mágoas
Eu sou um cara...
Cansado de correr
Na direção contrária
Sem pódio de chegada
Ou beijo de namorada
Eu sou mais um cara...
Mas se você achar
Que eu tô derrotado
Saiba que ainda
Estão rolando os dados
Pois o tempo
O tempo não pára...
Dias sim, dias não
Eu vou sobrevivendo
Sem um arranhão
Da caridade
De quem me detesta...
A tua piscina
Tá cheia de ratos
Tuas idéias
Não correspondem aos fatos
O tempo não pára...
Eu vejo o futuro
Repetir o passado
Eu vejo um museu
De grandes novidades
O tempo não pára
Não pára não, não pára...
Eu não tenho data
Prá comemorar
Às vezes os meus dias
São de par em par
Procurando agulha
No palheiro...
Nas noites de frio
É melhor nem nascer
Nas de calor
Se escolhe:
É matar ou morrer
E assim
Nos tornamos brasileiros...
Te chamam de ladrão
De bicha, de maconheiro
Transformam o país inteiro
Num puteiro
Pois assim
Se ganha mais dinheiro...
A tua piscina
Tá cheia de ratos
Tuas idéias
Não correspondem aos fatos
O tempo não pára...
Eu vejo o futuro
Repetir o passado
Eu vejo um museu
De grandes novidades
O tempo não pára
Não pára não...
Dias sim, dias não
Eu vou sobrevivendo
Sem um arranhão
Da caridade
De quem me detesta...

Um comentário:

Divinius disse...

Gostei de ler:)
Boa semana:)