Imagine que não exista paraíso,
É fácil se você tentar.
Nenhum inferno abaixo de nós,
Sobre nós apenas o céu.
Imagine todas as pessoas
Vivendo pelo hoje… Imagine que não existam países,
Não é difícil de fazer,
Nada porque matar ou morrer,
Nenhuma religião também.
Imagine todas as pessoas
Vivendo a vida em paz… Imagine nenhuma propriedade,
Eu me admiro se você conseguir.
Nenhuma necessidade de ganância ou fome,
Uma fraternidade de homens.
Imagine todas as pessoas
Compartilhando o mundo todo. Você pode dizer que sou sonhador,
Mas eu não sou o único.
Eu espero que algum dia você se junte a nós,
E o mundo viverá como um só.
A todos os amigos que, ao longo do ano passado encheram minha caixa de e-mails com correntes que deveriam ser passadas para n amigos, santinhos milagrosos, pedidos de donativos para alguma criança doente, pedidos para endossar algum abaixo-assinado, eu gostaria de pedir, encarecidamente que esse ano enviassem a minha parte em dinheiro, chocolates, vale-transporte ou ticket refeição.
Domingo é realmente um dia muito chato. Não tem nada na TV, nada para fazer e a gente ainda tem a responsabilidade de dormir cedo para segunda-feira.
Num domingo desses à noite, eu e meu marido saímos para andar um pouco e resolvemos parar num bar e levar umas cervejas para casa.
Como só tinha de garrafa e a gente não tinha levado nada, resolvemos pagar o depósito.
A dona do bar pediu referências de onde morávamos e acabamos descobrindo que o irmão dela era nosso vizinho.
Meu marido, por educação, resolveu perguntar sobre o pai dela (que tinha sido nosso vizinho há uns anos atrás) e, ao invés dela responder com uma resposta simples, resolveu contar a vida do pai desde que ele se mudou do nosso condomínio.
Contou que os pais haviam se separado, que o pai humilhava a mãe, que era ela e o irmão mais velho quem pagava o aluguel da mãe, que o pai já não falava com ela há mais de 1 ano, que o único que ainda falava com ele era o meu vizinho e mais um monte de coisas íntimas e familiares que só importavam a ela e os seus.
Eu olhava para fora do bar, procurando um ponto de fuga, mas a já estava com os olhos esbugalhados e totalmente empolgada em contar pormenores sórdidos da vida do pai.
Eu até compreendo que, ás vezes, passamos por problemas e gostaríamos de dividir com outras pessoas para ver se o fardo fica mais leve, mas denegrir a imagem do pai para dois desconhecidos é uma coisa sem propósito.
Uma coisa que me irrita muito nas pessoas é quando encontro um conhecido na rua, pergunto como ele vai e ele conta sua vida com pormenores desde o dia em que a gente deixou de ver.
Isso me irrita por dois motivos:
- primeiro porque se eu não convivia antes o suficiente para ser amigo dele e saber como ele estava antes, o que faz ele pensar que eu vou me interessar agora;
- em segundo lugar, se a pessoa é capaz de falar pormenores da sua própria vida, imaginem o que pode falar de mim.
Outro tipo de mala, muito freqüente nas nossas vidas são aqueles que aparecem na casa da gente lá pelas 10:00 h da manhã e são vão embora quando escurece o suficiente para todos estarem bocejando.
A gente tinha um amigo (que deus o tenha e o diabo o conserve em bom lugar), que não contente em se “instalar” na casa das pessoas, ainda trazia mulher e quatro filhos juntos.
O pior é que o cara tomava conta da casa das pessoas de uma tal maneira, que em poucos instantes já estava manuseando o som, DVD e o que mais viesse pela frente.
O detalhe mais sórdidos de suas visitas era que uma criança, para mim, é normal, duas já é multidão, três é invasão e quatro é arrastão!
Eu ficava olhando aquelas crianças correndo e gritando (eu não entendo por que criança não pode falar baixo) e aquilo ia me irritando de uma tal maneira que, se não fosse minha casa, eu ia embora.
Para piorar ainda mais a situação da “visita”, ele acabava brincando de correr atrás das crianças enquanto sua esposa ficava gritando desesperadamente para que ele parasse.
Eu juro que não sabia o que era pior: se eram as crianças, a falta de simancol dele ou aquela mulher gritando para que parassem.
O que as pessoas tem que aprender é que a sua vida só importa a você e mais ninguém e que se você tem mais de um filho deve fazer visitas rápidas às pessoas, pois não é todo mundo que gosta de criança.
Quando eu era criança, meu pai tinha um amigo que tinha 7 filhos!
Nós morávamos num apartamento pequeno e quando ele aparecia ficava gente sentada até no corredor, não dava nem para fechar a porta da sala!
Imaginem um apartamento pequeno com 9 crianças e 5 adultos (ele ainda trazia a sogra para ajudar a tomar conta das crianças).
Vocês pensam que suas visitas eram rápidas?
Que nada! Vinham para almoçar e só iam embora depois do lanche.
Agora imaginem cozinhar para um batalhão desses.
Para não dizer que a minha família nunca cometeu uma gafe dessas, eu me lembro de quando eu era criança e ia passar uns dias em Santos na casa de uma tia da minha mãe que não tinha filhos.
Minha mãe, não contente em levar os seus 2, ainda parava em São Paulo e pegava os 3 da minha tia!
Outra coisa que me deixa irritada são as ligações a cobrar.
Meu filho tem uns amigos sem noção que vez por outra fazem uma gracinha dessas.
O pior é quando liga a cobrar de celular.
Gente! A cobrar de celular nem para a mãe da gente!
Aliás, o telefone por si só já é uma chateação.
Já notaram que o telefone só toca quando você está ocupado?
Sem contar que tem gente que abusa da paciência de qualquer cristão!
Você fala que está ocupado e a pessoa fala que só falar aquele assunto, mais nada.
Telefone é para falar oi, não para contar que o cachorro latiu, o papagaio falou, o gato miou.
Até o som do telefone tocando já me dá calafrios.
E o tal do telemarketing, então?
A gente leva pelo menos 5 minutos para conseguir falar alguma coisa e depois mais uns 15 dizendo que não quer comprar nada.
Esse ano eu já decidi: Virei comissária de bordo!
Calma gente, ainda não mudei de profissão, apenas digo que estou viajando cada vez que um desconhecido liga para a minha casa.
É isso mesmo. Eu já estou tão treinada para atender telefone que quando alguém liga procurando pelo meu nome eu já digo que “ela” está viajando e só volta o mês que vem.
Ainda falando de telefone...
Existe coisa mais irritante que telefone celular?
Você está no clube com a família e conseguem te achar.
Está no restaurante, no motel, no cinema, teatro e o aparelhinho toca.
Se você não está em casa ou trabalhando, o tal do celular passa a ser a coisa mais irritante que já inventaram.
Falando de modernidades esquisitas...
Existe coisa mais irritante do que status no MSN?
O MSN não é condição sine qua non para você entrar na internet.
Não quer conversar?
Não abre o MSN.
Agora entrar no MSN e colocar status de ocupado, ao telefone, almoçando, no banheiro fazendo nº 1, no banheiro fazendo nº 2 ou diabo à quatro é a coisa mais brega que já vi na internet.
Depois tem o seguinte:
Se você não conhece a pessoa que está te adicionando ou não gosta dela é só dizer que não que a pessoa nem fica sabendo!
Vamos acabar de vez com a palhaçada e separar a hora de lazer e a hora em que podemos conversar.
Cada dia temos menos tempo para nós e mais meios para gente chata e sem noção de nos encontrar.
Todas as vezes que vou à Niterói falo que vou visitar a minha amiga Andréa Paula, mas depois eu pego algo para fazer ou descubro que não sei mais andar pela cidade sozinha e acabo deixando para lá.
Dessa vez, como fiquei mais de uma semana, resolvi ir de qualquer jeito.
Andréa e eu nos conhecemos na antiga 5ª série ginasial. Nos vimos muito durante o segundo grau, mas quando comecei a faculdade a gente se afastou um pouco.
Logo que terminei a faculdade, me casei e mudei para Petrópolis, onde passei os 4 primeiros anos de casada.
Andréa sempre fez parte da minha vida, de uma forma ou de outra.
Quando perdi meu primeiro filho, ela foi até o hospital só para cortar o meu cabelo.
Eu a admiro muito, pois é uma pessoa muito talentosa. Ela pinta quadros, trabalha com argila, recicláveis, dá aulas de artes, consultoria em decoração de ambientes...
Viver de arte nesse país é quase que impossível, mas a minha amiga vai conseguindo.
Tudo em sua casa transpira arte!
A melhor coisa na minha amiga é que ela não veste a carapuça do artista e vive “nas alturas” se achando melhor do que nós, “simples mortais”.
Aliás, o tempo passa para todos, menos para a minha amiga, que continua linda e com todo frescor de nossa juventude.
Se eu passo e você não olha
Deve estar achando que é dona da bola
Perdi a conta e os recibos dos seus beijos
Ninguém merece ser o alvo desse seu desprezo
Se eu reparo e você não pára
Deve estar tirando com a minha cara
Quanto mais eu corro, mais fico distante
E menos tolerante
Se o seu coração
Não me notar
Não tem problema, deixa estar
Pois sem você
Eu sei viver
Já que você não me quer mais
Vou espalhar meu amor por aí
E ai de você se entrar na minha frente
Hoje à noite eu só quero é me divertir
Pra quem rodou tanta estrada
Perder uma vez não atrapalha nada
Querendo ou não já plantei minha semente
E vou colher os frutos que brotarem na minha frente
Quem você quer enganar?
Quero viver em paz, distância, mas estar pronto pra amar
Nós dois crescemos e estamos muito diferentes
Não somos mais inocentes
Se o seu coração
Não me notar
Não tem problema, deixa estar
Pois sem você
Eu sei viver
Já que você não me quer mais
Vou espalhar meu amor por aí
E ai de você se entrar na minha frente
Hoje à noite eu só quero é me divertir
Beleza só se tem quando se acende a lamparina
Iluminando a alma se entende a própria sina
E quando se vê o arame que amarra toda gente
Pendendo das estacas sob um sol indiferente
Beleza só depois de uma sangria desatada
Aberta na ferida dos perigos do amor
E quando se afasta a sombra
triste do remorso
Que faz olhar pra dentro para
enfrentar a dor
Repara este silêncio que se
estende da janela
Repassa o teu passado e como o
lixo que ele encerra
Vagar sem remissão é também
parte da questão
Juntar estas migalhas para
refazer o pão
Não é da natureza que ele surge confeitado
Mas é desta tristeza, deste adubo de rancor
Beleza é o temporal que suja e
corta uma visão
E esmaga qualquer sonho com um
Grito de pavor.