quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Ayrton Senna da Silva


Essa semana estava vendo um documentário sobre a vida do maior piloto de todos os tempos e fiquei refletindo sobre a sua trágica morte. Mesmo eu, que não gosto de corridas de fórmula 1, não posso deixar de dizer que adorava ver o Ayrton correr.
Era impressionante ver a sua forma arrojada de pilotar. Se começasse a chover, mesmo que uma chuva fina que fosse, o seu desempenho aumentava consideravelmente. Quando todos tinham receio em pilotar, ele tinha coragem para arriscar, mesmo nas condições mais contrárias, ele nunca desistia.
Infelizmente, foi essa obstinação que o levou ao acidente fatal.
Ayrton era admirável! Jamais se conformava com o 2º lugar, pois para ele, o segundo era o primeiro dos últimos.
Fazia questão de saber absolutamente tudo relativo à sua profissão. Não media esforços para ser o nº 1.
Não era uma pessoa falante ou de riso fácil, o que poderia justificar toda essa admiração por ele. O que realmente causava admiração de todos era a sua seriedade, profissionalismo e integridade. Transmitia o seu amor pelo automobilismo por todos os poros de seu corpo. Era um apaixonado pelo que fazia e esse amor transbordava e atingia a todos que o assistiam.
Dizem que todos têm a sua hora para partir, que há uma ordem natural para que as coisas aconteçam e que não como fugir do destino, mas acho que a vida algumas vezes é muito injusta com certas pessoas. O destino foi injusto com o Ayrton Senna!
Mais de 10 anos após a sua morte não surgiu, até o dia de hoje, uma só pessoa que possa falar mal de sua conduta ou de sua personalidade. Talvez digam que era teimoso, obstinado, mas sempre em relação ao automobilismo e tudo que envolvesse a tentativa de um melhor desempenho. Mesmo quando vencia achava que poderia ter sido melhor, que a equipe poderia ter feito melhor, mas isso, na minha opinião, não era defeito, era o seu encanto.
Alguns podem dizer que era difícil trabalhar com ele, mas queria apenas o melhor de todos, assim como sempre procurava dar o melhor de si mesmo e, mesmo assim, era o maior crítico de si mesmo.
Falando dessa maneira alguém pode pensar que ele era um tipo de santo para mim, mas não é assim que me sinto em relação a ele, apenas o considero o ser humano mais admirável que já nasceu nesse país e acredito que se existissem mais pessoas como ele, nosso mundo seria bem melhor.
Poderia abrir o meu velho dicionário de sinônimos e ficar aqui escolhendo mais uma centena para falar de uma pessoa tão especial como foi Ayrton Senna, mas como não sei se, por se tratar de uma figura tão ilustre, um texto como este colocado na Internet possa causar algum transtorno, prefiro terminar esse texto com apenas dizendo que levará pelo menos 100 anos para nascer outro ser humano tão singular.

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