Estava assistindo ao RJ TV e observando que muitas pessoas correram a Meia Maratona do Rio. Vi uma senhora que trazia um galo, ao qual ela chamava de Rafael, um monte de gente fantasiada e outro tanto que via-se não ter condição nenhuma de estar ali. Ora corrida é para corredores profissionais! Se não fosse cobrada taxa alguma para participar da corrida, eu até entenderia o número de amadores na prova, mas, normalmente, se cobra uma taxa, que hoje em dia não é muito barata assim.
Fico pensando o que leva uma pessoa a pagar uma taxa de 40, 00, 50,00 reais para correr do nada a lugar nenhum e não lucrar nada com isso.
Tem muita gente que faz essas coisas para aparecer, porém eu me pergunto se vale a pena aparecer de maneira ridícula na televisão.
Quando se perde a noção do ridículo?
Quando foi que ser normal passou a ser errado?
Fico vendo pessoas fazendo coisas inacreditáveis para se destacarem na multidão, seja de forma positiva ou mesmo negativa, o negócio é aparecer.
Outro dia peguei o ônibus no sentido de Campo Grande, me sentei e fiquei observando as pessoas ao meu redor.
Estranhei o fato de o motorista ter parado no ponto para recolher duas estudantes de escola estadual, coisa muito pouco comum e estas, encontrando lugar vago, sentaram.
No ponto seguinte, entrou um homem acompanhado de uma mulher com uma criança de colo. O homem entrou primeiro, pagou a passagem dos dois e bateu no ombro da menina de uniforme e MANDOU que ela levantasse para dar lugar para sua esposa. Lógico que qualquer pessoa daria lugar para aquela mulher com uma criança no colo, não havia necessidade daquela ignorância!
No ponto seguinte entrou um senhor de idade e o homem fez o mesmo com a outra menina uniformizada, só que o senhor olhou para ela e disse que não precisava.
Eu estava vendo a hora que ele iria decidir todos os assentos do coletivo.
Perto do calçadão de Campo Grande, o sujeito viu um conhecido na rua e GRITOU qualquer coisa pela janela! Isso mesmo, GRITOU, como se só ele estivesse dentro do ônibus e não fosse incomodar a ninguém!
Quando foi descer, além de não agradecer a menina que cedeu o lugar para a sua esposa, ainda fez questão de empurrá-la com uma bolsa enorme que estava carregando!
Esse não foi o único absurdo que aconteceu durante essa viagem. O motorista parou ao lado de um outro ônibus e aos berros mandava o seguinte recado: “- Fala para o João que eu não tenho filho viado”. Isso mesmo, o motorista falou um palavrão aos berros, sem a menor cerimônia.
Não há mais respeito algum com o seu semelhante!
Em outra viagem de ônibus, dessa vez vindo de Sepetiba, um senhor, deficiente físico, pediu que o motorista abrisse a porta de trás para que ele pudesse entrar. O motorista abriu, mas não esperou o tempo necessário para que ele pudesse entrar, fechando a porta e deixando metade do corpo do senhor para dentro e a outra metade para fora!
Foi um desespero total dentro do coletivo, pois se aquele senhor caísse para fora do ônibus, poderia até mesmo morrer. Foi uma gritaria louca até que o motorista parasse, abrisse a porta e uma alma caridosa o ajudasse a se sentar.
Foi realmente uma sorte muito grande não ter acontecido nada com aquele senhor!
Aliás, viajar de ônibus é uma verdadeira comédia no Rio de Janeiro, isso quando não acaba em tragédia!
No ano passado fui com o meu marido fazer uma cobrança em um cliente que fica localizado em Senador Camará. A ida foi tranqüila, mas na volta começamos a ver uma fumaceira danada saindo da frente do ônibus e logo começou a gritaria. A meio a gritos de para, para, o motorista resolveu parar, mas não abriu a porta. Eu virei para o povo e falei: assim que abrir a porta saem os professores e os enfermeiros primeiro.
Lógico que quase fui linchada pela multidão que se acotovelava para sair pela porta. Todos queriam sair primeiro.
Ao sair, percebi que o ônibus estava pegando fogo e que o motor já estava pingando no chão. Lógico que o motorista era tão bem treinado que estava apagando o foguinho conforme caía no chão e não direto do foco.
Sentei-me na calçada, esperei o pessoal acalmar e fui perguntar para o motorista qual era o procedimento padrão da empresa para “esses casos” e ouvi um sonoro hã? como resposta. Resolvi me recolher a minha insignificância, pois visivelmente nós não falávamos a mesma língua.
Outra que me aconteceu: Deixei meu filho para passar férias na casa da minha mãe em Niterói e voltei de 381, o que é um acontecimento. Bem no meio da Avenida Brasil, um sujeito chega bem perto de um outro e fala: -“Quem é vivo sempre aparece, não é safado?”
Logo depois começou a fazer um série de acusações do tipo: “Esse safado me roubou”.
E ficava repetindo: “me roubou, me roubou, me roubou”.
O pessoal do ônibus começou a correr de um lado para o outro, em blocos dentro do coletivo cheio.
O motorista, ao chegar em frente de uma delegacia, parou. Dois policiais vieram direto na direção do ônibus e, segurando os dois sujeitos, perguntaram o que estava acontecendo e o motorista falou que era briga. O sujeito enfurecido dentro do ônibus disse que era roubo e o outro disse que estava sendo ameaçado.
Pronto! Lá ia eu passar o resto da tarde na delegacia!
O motorista desceu, explicou o que estava acontecendo e, logo retomamos a viagem sem entender patavinas do que estava acontecendo.
O ser humano está mesmo sem menor de ridículo e eu, apesar de não gostar nadinha de dirigir, acho que vou comprar um carro para mim, pois não agüento mais o tal do coletivo!
Fico pensando o que leva uma pessoa a pagar uma taxa de 40, 00, 50,00 reais para correr do nada a lugar nenhum e não lucrar nada com isso.
Tem muita gente que faz essas coisas para aparecer, porém eu me pergunto se vale a pena aparecer de maneira ridícula na televisão.
Quando se perde a noção do ridículo?
Quando foi que ser normal passou a ser errado?
Fico vendo pessoas fazendo coisas inacreditáveis para se destacarem na multidão, seja de forma positiva ou mesmo negativa, o negócio é aparecer.
Outro dia peguei o ônibus no sentido de Campo Grande, me sentei e fiquei observando as pessoas ao meu redor.
Estranhei o fato de o motorista ter parado no ponto para recolher duas estudantes de escola estadual, coisa muito pouco comum e estas, encontrando lugar vago, sentaram.
No ponto seguinte, entrou um homem acompanhado de uma mulher com uma criança de colo. O homem entrou primeiro, pagou a passagem dos dois e bateu no ombro da menina de uniforme e MANDOU que ela levantasse para dar lugar para sua esposa. Lógico que qualquer pessoa daria lugar para aquela mulher com uma criança no colo, não havia necessidade daquela ignorância!
No ponto seguinte entrou um senhor de idade e o homem fez o mesmo com a outra menina uniformizada, só que o senhor olhou para ela e disse que não precisava.
Eu estava vendo a hora que ele iria decidir todos os assentos do coletivo.
Perto do calçadão de Campo Grande, o sujeito viu um conhecido na rua e GRITOU qualquer coisa pela janela! Isso mesmo, GRITOU, como se só ele estivesse dentro do ônibus e não fosse incomodar a ninguém!
Quando foi descer, além de não agradecer a menina que cedeu o lugar para a sua esposa, ainda fez questão de empurrá-la com uma bolsa enorme que estava carregando!
Esse não foi o único absurdo que aconteceu durante essa viagem. O motorista parou ao lado de um outro ônibus e aos berros mandava o seguinte recado: “- Fala para o João que eu não tenho filho viado”. Isso mesmo, o motorista falou um palavrão aos berros, sem a menor cerimônia.
Não há mais respeito algum com o seu semelhante!
Em outra viagem de ônibus, dessa vez vindo de Sepetiba, um senhor, deficiente físico, pediu que o motorista abrisse a porta de trás para que ele pudesse entrar. O motorista abriu, mas não esperou o tempo necessário para que ele pudesse entrar, fechando a porta e deixando metade do corpo do senhor para dentro e a outra metade para fora!
Foi um desespero total dentro do coletivo, pois se aquele senhor caísse para fora do ônibus, poderia até mesmo morrer. Foi uma gritaria louca até que o motorista parasse, abrisse a porta e uma alma caridosa o ajudasse a se sentar.
Foi realmente uma sorte muito grande não ter acontecido nada com aquele senhor!
Aliás, viajar de ônibus é uma verdadeira comédia no Rio de Janeiro, isso quando não acaba em tragédia!
No ano passado fui com o meu marido fazer uma cobrança em um cliente que fica localizado em Senador Camará. A ida foi tranqüila, mas na volta começamos a ver uma fumaceira danada saindo da frente do ônibus e logo começou a gritaria. A meio a gritos de para, para, o motorista resolveu parar, mas não abriu a porta. Eu virei para o povo e falei: assim que abrir a porta saem os professores e os enfermeiros primeiro.
Lógico que quase fui linchada pela multidão que se acotovelava para sair pela porta. Todos queriam sair primeiro.
Ao sair, percebi que o ônibus estava pegando fogo e que o motor já estava pingando no chão. Lógico que o motorista era tão bem treinado que estava apagando o foguinho conforme caía no chão e não direto do foco.
Sentei-me na calçada, esperei o pessoal acalmar e fui perguntar para o motorista qual era o procedimento padrão da empresa para “esses casos” e ouvi um sonoro hã? como resposta. Resolvi me recolher a minha insignificância, pois visivelmente nós não falávamos a mesma língua.
Outra que me aconteceu: Deixei meu filho para passar férias na casa da minha mãe em Niterói e voltei de 381, o que é um acontecimento. Bem no meio da Avenida Brasil, um sujeito chega bem perto de um outro e fala: -“Quem é vivo sempre aparece, não é safado?”
Logo depois começou a fazer um série de acusações do tipo: “Esse safado me roubou”.
E ficava repetindo: “me roubou, me roubou, me roubou”.
O pessoal do ônibus começou a correr de um lado para o outro, em blocos dentro do coletivo cheio.
O motorista, ao chegar em frente de uma delegacia, parou. Dois policiais vieram direto na direção do ônibus e, segurando os dois sujeitos, perguntaram o que estava acontecendo e o motorista falou que era briga. O sujeito enfurecido dentro do ônibus disse que era roubo e o outro disse que estava sendo ameaçado.
Pronto! Lá ia eu passar o resto da tarde na delegacia!
O motorista desceu, explicou o que estava acontecendo e, logo retomamos a viagem sem entender patavinas do que estava acontecendo.
O ser humano está mesmo sem menor de ridículo e eu, apesar de não gostar nadinha de dirigir, acho que vou comprar um carro para mim, pois não agüento mais o tal do coletivo!
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