quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017
Escrevendo para a posteridade
Eu penso que todas as pessoas deveriam escrever a sua história. Por mais simples que nossas vidas possam parecer, os fatos que contamos para nossos filhos e amigos enquanto estamos vivos, fazem falta e vão se perdendo na memória dos que ficam depois que deixamos de existir.
Eu sinto falta de ouvir alguns detalhes da minha infância como a minha mãe contava.
Hoje eu tento me lembrar de certas coisas que ela me contava e não consigo e já não tenho mais a minha mãe para consultar.
Se deixarmos nossas histórias registradas, alguém pode ler e, com isso manter nossa memória viva quando não mais existirmos.
Não importa se a pessoa escreva bem ou não, o que importa é manter tudo registrado.
Minha avó tinha histórias maravilhosas sobre a origem da nossa família e, hoje são apenas pontas soltas na memória deste ou daquele neto, junto com alguma poucas fotos que sobraram.
Eu gostava de ouvir sobre o brasão que a família possuía, dos vários lugares em que ela tinha morado - meu bisavô era chefe de estação e eles se mudavam quase que todos os anos. Me divertia ouvindo ela contar que fazia a "primeira comunhão" em todas as cidades em que ia morar.
E as histórias contadas em italiano pelo meu avô que a gente repetia sem entender uma só palavra!
Ah! Se eles tivessem deixado tudo registrado eu agora não estava fazendo tanta força para tentar lembrar e esboçar um sorriso no canto da boca a cada vez que lembro de algo...
Não existe nada que não valha a pena ser registrado, pois no momento pode parecer simples, mas quando deixamos de estar aqui para contar, elas fazem muita falta.
Eu pretendo deixar algumas histórias registradas, mas tenho certeza de que as que eu deixar passar, farão falta para os amigos e filho que eu deixar. Mas talvez, apenas talvez, ao lerem as que estão registradas eles consigam lembrar de outras que eu contei e esqueci de registrar.
Se todas as pessoas que estão lendo este texto refletirem apenas um pouquinho e, ao seu final, decidirem registrar as suas histórias, eu vou me sentir feliz pelas memórias que continuarão vivas.
segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017
Graffitti Guilherme Arantes
No dia 5 deste mês encontrei um amigo de faculdade que me trouxe um envelope com esta música escrita por mim e dada para ele há mais 20 anos atrás!
Essa publicação vai para o meu amigo Luiz Fernando que guardou esse envelope por mais de 20 anos.
Guilherme Arantes
Essa publicação vai para o meu amigo Luiz Fernando que guardou esse envelope por mais de 20 anos.
Graffitti
Guilherme Arantes
Incomoda muita gente
Se você vai fundo no que faz
Incomoda o seu caminho diferente
Incomoda um ser humano singular
Se você vai fundo no que faz
Incomoda o seu caminho diferente
Incomoda um ser humano singular
Na esquina do horizonte com seus olhos
Picho o muro pra você se lembrar
Picho o muro pra você se lembrar
Tudo o que eles querem é te usar
Saco de pancada, boi de piranha
De suas dúvidas
Alguém que simbolizará
Mesmo sem querer
Uma insuportável vontade de viver
Saco de pancada, boi de piranha
De suas dúvidas
Alguém que simbolizará
Mesmo sem querer
Uma insuportável vontade de viver
Na esquina do horizonte com seus olhos
Picho o muro pra você se lembrar...
Picho o muro pra você se lembrar...
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