Depois da reação bem humorada do jogador Daniel Alves, o racismo voltou
a ser o centro de debates por todo o mundo, porém não dá para erradicar o
racismo da sociedade, enquanto esta estiver presa a dogmas ultrapassados que
associam o negro à escravidão ou à servidão. E em mundo que se vai de uma ponta
a outra do planeta em curtíssimo espaço de tempo, acreditar em raça pura ou
superioridade racial é o mesmo que fechar olhos para a realidade que se
configura diariamente a nossa frente.
Embora já esteja da que cientificamente que todas as pessoas são iguais,
a imagem do negro ficou associada ao escravo, ao favelado, ao subalterno.
Criando para o negro o estereótipo de inferioridade. É certo afirmar que o
negro caminhou das senzalas para as favelas, mas a crença de que os grilhões da
escravidão ainda os acorrentam à condição servil é inconcebível dentro de uma
sociedade moderna.
O esporte tem sido alvo de manifestações racistas porque eleva
rapidamente a condição social e econômica daqueles que se destacam, sobretudo
no futebol, percebemos então que a motivação é mais do que racial, é social,
como se o negro não tivesse direito a asceder.
Se por um lado temos essa visão do
passado onde o negro é associado à escravidão, a sociedade deve olhar para o
presente e perceber que hoje não existe mais a concepção de raça pura. Todo ser
humano hoje é formado por uma mistura infinita de raças e falar de racismo hoje
é depor contra sua própria formação étnica.
Para
erradicar racismo da sociedade temos que parar de pensar que o mundo é formado
por três raças distintas, onde esta é superior a àquela, e imaginar que o
tempo, a facilidade do ser humano de se movimentar pelas áreas mais longínquas
do planeta misturaram as cores dessa aquarela e que todo ser humano do planeta
tem cada uma delas em seu código genético e que não se pode pensar em
superioridade racial quando todos somos iguais
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